
A Bioware é discutivelmente o maior nome da atualidade em RPGs ocidentais. Tendo se estabelecido nomercado com Baldur’s Gate, ela tem lançado uma sucessão de jogos que, nos piores dias, são apenas “bons”.Mass Effect 2 consegue a façanha de se destacar nessa brilhante lista, e é um forte candidato a jogo do ano, conseguindo pegar o seu extraordinário antecessor, melhora-lo em varios aspectos e consolidando o legado de Mass Effect enfim como uma série de sucesso.
O jogo começa algumas semanas depois do primeiro da série, e instantaneamente taca um tijolo na sua cabeça: Sua nave é destruída, parte da sua tripulação morre e o protagonista comandante Shepard fica a deriva no espaço antes de morrer queimado ao entrar na atmosfera de um planeta próximo. Apesar desse prólogo irreverente, o jogador logo descobre que o corpo de Shepard foi recolhido e ressuscitado através de um experimento. Shepard assim se ve obrigado a trabalhar com aqueles que o deram uma segunda vida, seus antigos inimigos do grupo xenófobo Cerberus, ja que seus interesses são mútuos dessa vez.
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Como em Mass Effect 1, a história depende do jogador. É possível utilizar seu save do primeiro jogo para ver as consequencias de suas ações e decisões no futuro(apesar de não ser obigatório, o jogo tem um caminho pre-definido se você não tiver um save do primeiro jogo) . Shepard também consegue se manter interessante ao longo do jogo, não importa o caminho que você toma. É normal em jogos terem um caminho do bem e um do mal hoje em dia, mas Mass Effect não é tão preto e branco. O Shepard “mal” é apenas um agente quenão mede esforços pra conseguir seus objetivos, e consegue manter um ar mais realista do que decisões bipolares e limitadas como “você precisa A) salvar o orfanato ou B) queimar o orfanato” . O elenco de personagens também é excelente, sem exceções. As opiniões podem variar muito sobre quem são os melhores, mas é indiscutivel que a qualidade de desenvolvimento deles melhorou muito em relação ao primeiro Mass Effect. Todos conseguem ser interessantes a sua própria maneira.

Os gráficos sofreram uma melhora significativa. Cenários com ótimas texturas e horizontes belos e/ou intimidadores. Os personagens tem aparencias claramente distintas e interessantes, talvez pecando um pouco com alguns detalhes como serrilhados ocasionais, mas os gráficos e a arte são excelentes.
Uma dublagem excelente com grandes nomes complementa a história, contando até com um primeiro trabalho em videogames do ator veterano Martin Sheen. Os sons se encaixam com o setting de ficção científica, e a trilha sonora serve perfeitamente como plano de fundo para as situações in-game. Uma pena o jogo não possuir uma música tema memorável como a canção M4 Part II de Mass Effect 1, mas isso não é um problema digno de nota considerando o trabalho perfeito em todo o resto.

Quanto a jogabilidade, não há como reclamar. O combate do jogo segue a fórmula agora tradicional de jogos de tiro com sistema de cover, mas apesar disso o jogo apresenta um sistema bem elaborado e variado com uma variedade de skills e armas diferentes pra cada classe disponível. Os combates inevitavelmente se tornam um pouco repetitivos, mas dependendo de sua tolerância isso pode demorar mais de uma playthrough. O sistema de diálogos se mantém igual, e apesar de Mass Effect ter um sistema de moralidade mais crível que em outros jogos, esse sistema é simplório demais e prejudica uma narrativa que poderia ser perfeita.
As missões do jogo finalmente são diferenciadas. Todas elas, até as não relacionadas a história principal, são únicas. Isso é uma reação ao primeiro jogo, que reciclava essencialmente os mesmos layouts pra todas as sidequests, tornando a tarefa de completar 100% do jogo muito cansativa. Nessa sequencia, o replay foi melhorado consideravelmente.

O Bom
- Replay alto
- Excelente elenco
- História interessante tanto no caminho “bom” quanto no “mal”
O Ruim
- Algumas classes são muito melhores que as outras
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