domingo, 22 de maio de 2011

Falta de jogos frustra jogadores em dia do Jogo Justo


Loja avisava logo cedo que o estoque de games para o 'Dia do Jogo Justo' acabou (Foto: Gustavo Petró/G1)Uma ação que vendeu jogos de videogame por R$ 100 neste sábado (21) fez com que muitos jogadores ficassem sem os títulos desejados, que acabaram em minutos. No "Dia do Jogo Justo", games selecionados de PlayStation 3, Xbox 360, Wii, Nintendo DS e PSP tiveram desconto em algumas lojas do país para mostrar como eles seriam mais baratos sem os impostos....

"Não se trata de um saldão", afirma o presidente da Acigames (Associação Comercial, Industrial e Cultural dos Videogames), Moacyr Alves, um dos criadores do Dia do Jogo Justo. "Nosso slogan nesta edição é 'o jogo é de graça, você só paga o imposto'".
"Tinha gente na fila desde às 7h da manhã", conta Gabriel Vonkarajan, sócio de uma rede de lojas de games em um shopping de São Paulo que abriu às 10h para começar a vender os títulos. "Em cerca de 40 minutos, todo o estoque com desconto acabou". Ele afirma que recebeu cerca de 100 peças de todos os 14 jogos que fazem parte da ação.
De acordo com a Acigames, mais de 54 mil cópias dos games ficariam disponíveis para consumidores de 11 estados. O primeiro dia da ação foi realizado em janeiro e teve apenas três games com 5 mil cópias disponíveis.
Por volta das 11h da manhã deste sábado, o tradutor Bruno Macali, 24, foi até um shopping tentar comprar um game. Saiu frustrado. "Vim comprar o jogo, mas pela hora já imaginava que poderia estar esgotado". Ao lado do amigo Tiago Messias, 26, eles tentariam comprar os jogos pela internet, acreditando que a chance seria maior. "É uma oportunidade de comprar jogos por um preço justo no Brasil. Ter esgotado assim tão rápido mostra que os gamers aqui querem comprar jogos originais", afirma Messias.
Os colegas Gabriel Souza, Fabiano Marcondes, Daniel Wilson e Pedro Horta, todos de 15 anos, juntaram a mesada para comprar um game neste sábado, mas uma prova na escola fez com que eles chegassem por volta das 11h da manhã em uma loja que vendia os títulos por R$ 100. "Estava doido para comprar 'Call of Duty: Black Ops'. Vou ter que procurar em outra loja pois não quero sair de mãos vazias", diz Gabriel. Para o grupo, ter jogos por R$ 100 permite que jovens como ele possam comprar games juntando um pouco por mês.
Macali acredita que o governo olha para os gamers daqui na tentativa de reduzir os impostos, mas acha estranho se preocuparem apenas com o iPad. "É engraçado ver que se importa games há mais de 20 anos e os políticos só olham para os tablets, que são uma coisa nova. Mas ainda tenho esperanças na mudança".
Dia de palestras
Além de promover uma ação com games sem impostos, a Acigames promeve durante a tarde de sábado uma série de palestras sobre a cultura e os impostos sobre games no Brasil. Elas são gratuitas e ocorrem na Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

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