sábado, 5 de novembro de 2011

'Uncharted 3' traz excelente aventura no PS3, mas escorrega na dublagem

Plataforma: PlayStation 3
Produção: Sony Computer Entertainment
Desenvolvimento: Naughty Dog
Distribuição no Brasil: Sony Brasil
Gênero: Ação
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 14 anos
Nota: 9,0*


“Uncharted 3: Drake’s Deception” é o grande lançamento exclusivo do...
PlayStation 3 em 2011. O jogo traz de volta o herói Nathan Drake em uma nova missão para tentar encontrar a “Antlântis do Deserto” e, para isso, roda o mundo em busca de pistas. A desenvolvedora Naghty Dog conseguiu acertar em cheio ao criar um roteiro que apresenta uma aventura repleta de reviravoltas e momentos de muita ação.

Como nos games anteriores, o nível de detalhamento visual do jogo é alto, permitindo que os personagens digitais atuem nas cenas – que aparecem em grande quantidade – em que a trama é contada. Os cenários também convencem, com destaque para o incêndio de um chateau na qual o jogador deve escapar.

Mesmo quando não tenta apresentar cenas de ação ou em que o jogador deve resolver um quebra-cabeça, o visual do cenário é convincente e competente. Pequenos detalhes trazem um ar de realismo e até pontos em destaque que o jogador utiliza para Drake escalar – que estão com cores diferentes do restante da parede, por exemplo – não parecem ser artificiais. Os cenários, também, ajudam a contar a história.

No roteiro, “Uncharted 3” se dá a liberdade de se considerar o filme de Indiana Jones da atualidade. Até mesmo Harrison Ford, o “Indiana original”, fez propaganda para o game no Japão. No início do jogo, tal qual em “Indiana Jones e a Última Cruzada”, em que há uma cena com Indy jovem, o jogador passa um momento com Nathan Drake adolescente, mostrando seu desejo por recuperar um artefato de seus antepassados e conhecendo seu amigo e mentor Victor Sullivan. Embora esta seja a parte mais chata de todo o game, todos os acontecimentos têm conexão com os vilões e o final do título que, segundo a desenvolvedora Naghty Dog, tem cerca de 10 horas no “modo campanha”. Acredite, vale a pena ir até o final do game.


Durante a aventura, Drake encontra muitos inimigos, a maioria fortemente armada, para impedí-lo de alcançar seu objetivo. A Naghty Dog optou por, tal qual Indiana Jones, fazer com que Drake realizasse mais confrontos usando os punhos. Desse modo, além da grande quantidade de brigas, o jogador deve ficar atento aos contra-ataques. Ao pressionar o botão Triângulo no momento certo, o herói desvia do soco e devolve o ataque sempre com um golpe cinematográfico. Recursos do cenário como garrafas em cima de uma mesa, cadeiras e até pedras podem ser usados contra os inimigos. Um detalhe legal é que Drake consegue puxar o pino de granadas dos inimigos presas em suas roupas.


O confronto armado também retorna com força, mas quem jogou o game anterior vai sentir a diferença no “tranco” dos rifles. A desenvolvedora mudou este recurso nos mesmos armamentos presentes nos títulos anteriores, o que causa certa confusão. Com uma mira também diferente e inimigos mais inteligentes, que atacam em grupo e se escondem dos tiros, os confrontos armados estão bem mais difíceis e podem frustrar jogadores iniciantes.

O game é o terceiro dublado em português, mas o trabalho final, ainda mais levando-se em conta o tamanho de um jogo do nível de “Uncharted 3”, ficou longe do esperado, abaixo do visto em “Killzone 3” ou em “Infamous 2” – mas com qualidade superior, no entanto, do que uma versão feita por um estúdio de dublagem brasileiro como suposto teste para o jogo. Os dubladores não “entraram” nos personagens e parecem apenas que estão lendo os textos com os diálogos. Há momentos em que não é possível entender o que é falado e só as legendas auxiliam. Mas elas também não condizem com o que está sendo dito pelos personagens e há erros de tradução, principalmente de gírias. Mudando o sistema do PS3 para o idioma inglês faz o game rodar em sua dublagem original. Fica de lição para a Sony manter jogos dublados e melhorar a qualidade no futuro.
Cenas que contam mais da história do game e do relacionamento entre os personagens são ótimas, mas a dublagem em português estraga estes momentos (Foto: Divulgação)

Modo on-line viciante
Após terminar o modo campanha de “Uncharted 3”, o jogador tem um modo com partidas on-line viciante. Além dos tradicionais confrontos entre dois times, há um modo em que é necessário caçar tesouros e leva-los com ajuda de um companheiro para uma determinada área.

Todos os jogadores, independentemente do nível, recebem dinheiro e pontos de experiência após cada partida, o que permite fazer com que seu personagem evolua com o tempo sem causar frustrações.

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