segunda-feira, 2 de maio de 2011

Análise: The Sims Medieval

Ja foi dito que o que Will Wright toca, vira ouro. Durante quase duas décadas isso foi verdade. Foi o criador da desenvolvedora Maxis e de SimCity, uma série que se tornou um marco para os videogames. Não bastava isso, a Maxis foi comprada pela gigante Eletronic Arts e, logo em seguida, 2000 foi lançado The Sims, e Will Wright ficou podríssimo de rico com uma das séries mais extremamente rentaveis da historia dos videogames. Infelizmente o toque de Midas foi embora com o tempo. Depois de uma campanha de hype que se estendeu por anos, o sr. Wright lançou Spore, um jogo muito aquém do esperado....


Eis a proposta de The Sims Medieval: Pegue todos os clichês de histórias medievais, junte todos num liquidificador, triture bem, misture com suco de uva e vodka barata, bata tudo e beba em um gole vigoroso e suicida. Talvez seja uma metáfora estranha, mas é difícil de colocar em palavras como a história de The Sims Medieval é bizarra. O jogo tem um senso de humor ótimo, jogando todas as fábulas medievais para o alto e as ridicularizando a torto e a direito. Além disso, o jogador pode cumprir a história com vários personagens com profissões diferentes, mostrando a história com vários pontos de vista. A opinião de todos os personagens joga uma luz mais verdadeira sobre as histórias.
Infelizmente o título  ja começa a pecar aí. A história se divide em missões, e elas se repetem muito. Com o tempo essas missões parecem tão triviais quanto repetitivas, e o jogo dificilmente vai prender a atenção do jogador por mais que alguns dias. Uma pena, ja que The Sims Medieval tem um humor muito único.
Um dos grandes problemas de The Sims Medieval é que ele é evidentemente reciclado de The Sims 3, da a impressão que o título medieval é uma cópia de papelão desse título. Os gráficos insossos e reutilizados não são ajudados pelo fato de que a câmera do jogo e os controles dela são atrozes. Aprender a mover de um ponto ao outro de seu reino é uma tarefa dolorosa, e não tem nada de impressionante pra se ver de qualquer jeito, ja que você vai olhar pros mesmos prédios com muita frequência por muito tempo.
A trilha sonora do jogo ajuda a vender a temática fantasia-medieval bem. Ótimas composições entregam o clima ora épico, ora rústico da vida no campo e de batalhas épicas com espadas. Nesse ponto não há onde reclamar do jogo; a EA cumpriu bem seu objetivo.
A jogabilidade, no entanto, é apenas semelhante a de seu predecessor, e ambos os jogos são distintos nesse quesito. No jogo, você cria seus Sims com diferentes profissões e caberão a eles exercer todas as funções necessárias no reino. Em cada missão, o jogo pergunta como você quer resolver o desafio oferecido. Você pode procurar a criança desaparecida através de uma busca com o corajoso Cavaleiro ou forjando armadilhas de urso com o Ferreiro gordo. O médico cura, o bardo escreve poemas e toca música, o monarca administra e o mago transforma pessoas em sapos. Essas não são todas as profissões, e todas elas são completamente únicas com ações próprias delas.
Apesar disso, o jogo ainda parece incompleto. A falta de gerações diferentes de Sims faz com que a história fique um pouco estagnada. Crianças sempre serão crianças, e cada pessoa so poderá ser substituída em sua profissão se for morta em duelo ou executada. A falta de mutações no seu feudo talvez seja remediada em futuras expansões, mas é algo que torna o jogo tristemente limitado em adição ao sistema ja repetitivo de missões.
No final The Sims Medieval é um jogo abaixo da média. Tem potencial ja que a tradição de expansões em jogos de Will Wright oferece possibilidades de melhoria no título, mas como está, é muito cru e incompleto e não deve servir pra muito mais do que se distrair por um fim de semana.
O Bom
  • Bem humorado
  • Jogabilidade interessante
O Ruim
  • Fica um sentimento de que o jogo está incompleto
  • Repetitivo
  • Visual sem graça
  • QUEM TEVE A IDÉIA IMBECIL DE COLOCAR ESSA CÂMERA NO JOGO?

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